A segurança cibernética está no cerne da agenda tecnológica em 2023. Isso porque, com o avanço digital, as ameaças de crimes virtuais aumentaram, significativamente.
No primeiro semestre de 2022, houve 2,8 bilhões de ataques de malware em todo o mundo, além de 236,1 milhões de ataques de ransomware.
A Cybersecurity Ventures, principal pesquisadora e editora do mundo que cobre a economia cibernética global, estima que os custos globais do cibercrime cresçam 15% ao ano nos próximos cinco anos, atingindo US$ 10,5 trilhões anualmente até 2025.
Neste cenário, é importante que as empresas tomem atitudes baseadas em iniciativas de antecipação, relacionados aos ataques em si e as possíveis perdas financeiras.
No eixo da segurança digital, a ciência de proteção de dados está mais para prevenção, que para reação a esses raptos monetários. No entanto, é de vital importância que se freie as brechas cibernéticas, limitando o acesso a usuários externos.
Em nosso novo artigo, abordaremos questões importantes relacionadas à cibersegurança e quais ataques mais comuns neste setor, além de ameaças previstas para esse novo, segundo especialistas.
Continue conosco e boa leitura!
O que é cibersegurança?
Cibersegurança é a prática de proteger sistemas operacionais de informação como, computadores e servidores, dentre outros ativos tecnológicos, de ameaças virtuais ou ataques maliciosos.
A segurança cibernética cobre dois polos distintos, porém inseparáveis: as redes físicas e dos aplicativos até a educação do usuário final, seja dentro de uma organização ou no uso doméstico.
No caso particular das organizações, os crimes cibernéticos se tornaram muito frequentes, com consequências financeiras e operacionais graves, desestabilizando a reputação e as estratégias da empresa.
Isso demonstrou que as medidas de segurança dessas organizações são ineficientes e mediante a novos dados estatísticos do aumento das ameaças e ataques cibernéticos, fez com que aprimorassem suas táticas de prevenção virtual.
Tipos mais comuns de ataques cibernéticos
Ataques cibernéticos são mais comuns do que se imagina. Eles costumam ocorrer na Internet e visam diferentes alvos, com diversos objetivos e técnicas. Conheça os mais comuns.
Ataques de Phishing:
Phishing é uma técnica de engenharia social. Isso significa que criminosos virtuais utilizam do comportamento humano como, curiosidade, medo, impulsividade etc, para induzi-los a clicar em links, infectando seus computadores para roubar dados.
Riscos em serviços digitais:
Essa ameaça engloba os riscos relacionados à serviços contratados por empresas, fornecedores e à eles relacionados. Por exemplo, serviços de nuvem com falha no gerenciamento de configurações.
Roubo de senhas de sistemas:
Ocorre por meio da implantação de softwares para identificar senhas que habilitem o acesso a sistemas e dados de ativos confidenciais. Hackings que procuram comprometer dispositivos virtuais.
Violação de dados sigilosos:
Usuários autorizados de certos sistemas que quebram o sigilo profissional ou usam indevidamente dados sigilosos da empresa, acidental ou deliberado, fazendo com que dados sejam divulgados a terceiros e que podem ocasionar danos.
Ataques à rede e man-in-the-middle (MITM):
Man-in-the-middle, significa literalmente, “o homem no meio”, esse ataque corresponde a interceptação, por um cracker, de algum dado trocado entre duas partes. Esse dado é registrado e, possivelmente, alterado para uso criminoso.
Supply Chain Attack
Ataques à cadeia de valor ou à cadeia de suprimentos, são direcionados a fornecedores, pois evitando atacar diretamente o negócio, tornam-se menos detectáveis, considerando falhas em segurança virtuais nesses sistemas.
Ataques DoS e DDoS:
O ataque de negação de serviço (DoS) ou o ataque distribuído de negação de serviço (DDoS) são invasões que sobrecarregam os sistemas operacionais e causam desligamento ou lentidão temporários. No caso do DDoS acrescenta-se inundação dos sistemas utilizando uma rede de dispositivos.
Principais ameaças à cibersegurança previstas no ano 2023
Agora que você conhece os ataques cibernéticos mais comuns, veja as 10 principais ameaças à segurança virtual para este ano.
1. Malware e seus danos intencionais:
Malware (malicious software) é um software malicioso que intenciona causar interrupções em redes e sistemas para roubar informações confidenciais, negação de serviços e acesso indevido a esses sistemas que, podem trazer consequências irreversíveis à empresa e aos sistemas.
Os profissionais de TI utilizam softwares antivírus e firewalls de ponta para interceptar e monitorar as possíveis investidas desse vírus nas redes e sistemas, porém os criminosos virtuais, de tempos em tempos, desenvolvem vírus que sobrepujam essas defesas.
Por isso, é vital manter os programas atualizados e buscar soluções de hardware que possam lidar de maneira efetiva.
2. Ransomware e o sequestro de dados:
Ransomware (Ransom/resgate software) é um tipo de malware que bloqueia acessos ou ameaça a publicação de informações sigilosas.
Essa ameaça geralmente está relacionada a sequestro de dados por meio de criptografias e exigência de pagamentos ou condições para a não divulgação dos mesmos.
A cada ano os ataques ransomware aumentam e as empresas acabam cedendo às exigências dos criminosos para recuperarem seus sistemas. Contudo, não há garantia de que os arquivos roubados sejam, de fato, restaurados.
Não existe uma solução única para resolver os problemas com esse vírus, como uma ferramenta de descriptografia, por exemplo, que funciona para todos os vírus. Por isso, faz parte da prevenção o conhecimento sobre o ransomware.
3. Supply Chain vulnerável:
Também conhecida como “supply chain attack”, as ameaças à cadeia de suprimentos estão se tornando menos incomuns, isso porque, os criminosos virtuais estão mais conscientes da importância desse departamento nas organizações alvo.
Ocorre que as grandes empresas ampliaram a proteção contra ataques cibernéticos.
Porém, criminosos virtuais, descobriram que por meio de empresas menores, que fazem parte da mesma cadeia de suprimentos, são mais vulneráveis e, podem ser usadas para alcançar fornecedores ou compradores.
Neste caso, a expressão “a união faz a força” faz todo sentido, pois a interconexão entre gestores de logística pode reforçar a proteção cibernética especializada, de modo a garantir um Supply Chain livre de ataques criminosos.
Envolver provedores e profissionais de segurança cibernética pode criar uma rede de proteção que protegerá todo um setor.
4. Phishing e a engenharia social:
Todos nós em algum momento fomos alvo de ameaças de phishing, cedendo ou não as suas investidas.
O phishing é um tipo de ameaça que utiliza reações sociais dos usuários para atacar, por exemplo, um e-mail com uma promoção atraente ou com um título que desperte a curiosidade da vítima.
Esses ataques objetivam o roubo de dados sigilosos como, senhas de banco, roubos direto da conta bancária, cobranças fraudulentas em cartão de crédito, ou, até mesmo, postagens indevidas em redes sociais das vítimas e roubos de arquivos pessoais.
Muitos provedores de e-mails já criaram ações para denunciar phishing, porém algumas pessoas mais suscetíveis a esse tipo de investida acabam clicando nos links desses e-mails.
Ocorre, também, de funcionários abrirem e-mails pessoais no computador de trabalho e permitindo a entrada desse vírus nos sistemas da empresa.
Nestes casos, a educação cibernética e treinamento são essenciais para os funcionários. Como é uma ameaça sutil, o phishing incorre em grande perigo para as organizações.
Além disso, a adoção de sistemas de segurança e antivírus eficientes podem ajudar na prevenção dessa ameaça.
5. IoT e medidas de segurança:
A IoT (Internet das coisas) tem se expandido no mercado de tecnologia, e os riscos acompanham esse crescimento.
A IoT trata da interconexão de objetos cotidianos com a Internet, em outras palavras, conecta redes de objetos físicos capazes de reunir e transmitir dados.
Por sua aparente simplicidade, muitos desenvolvedores e fornecedores de IoT empregam pouca ou nenhuma segurança nesses dispositivos, fazendo com que essa tecnologia esteja no escopo de cibercriminosos.
Esse inconveniente pode ser evitado com uma verificação mais apurada dos fornecedores e na redefinição dos padrões de segurança em dispositivos para que estejam em conformidade com os padrões corporativos.
Por exemplo, alteração de senhas após a instalação de softwares, senha de dois fatores, identificação por digital ou facial; simples ações que inibirão agentes maliciosos.
6. Cibercrimes praticado por funcionários:
Funcionários que, por alguma razão, estejam insatisfeitos com as rotinas de trabalho, com problemas com algum superior, ou, até mesmo, por querer aproveitar uma situação que julgue como “oportunidade pessoal”, podem aplicar ações ilícitas nos sistemas, roubando propriedades intelectuais e informações da empresa.
Há casos, no entanto, de colaboradores que inadvertidamente, por falhas nos hábitos de segurança, podem deixar expostos ou compartilhar senhas ou algum outro dado secreto da empresa.
Por isso, auditorias de engenharia social têm sido utilizadas por diversas empresas com o objetivo de monitorar as políticas e procedimentos de segurança da organização.
7. Envenenamento da IA (Inteligência Artificial):
A IA (Inteligência Artificial) é uma tecnologia pretendida pela maioria das empresas, devido às inúmeras possibilidades de inovação que podem agregar aos negócios.
Por conta disso, cibercriminosos atuam buscando formas de injetar dados corrompidos nos sistemas corporativos, “envenenando” os resultados de IA que são direcionados aos tomadores de decisão das empresas.
A prevenção, inicialmente, vem pela contínua e atenta monitorização dos resultados de IA. Se os dados, avaliados em panorama, destoarem do comum, é o momento de um exame mais acurado da integridade dos dados.
8. Advento de novas tecnologias:
Novas tecnologias podem trazer mais resultados às empresas, contudo, podem trazer mais riscos também. Quanto mais nova essa tecnologia, possivelmente, maior o desconhecimento do setor de TI sobre ela.
Neste caso, antecipadamente, os gestores de TI precisam avaliar e estudar essa nova ferramenta com seus fornecedores antes de assinar qualquer contrato de adesão.
No mais, as autenticações mais refinadas como, biometria, varredura de retina ou autenticação contextual pode contribuir para a inserção de novas tecnologias na empresa.
Por se tratar de autenticações baseadas em comportamento, podem emitir alertas ou bloqueios que garantem a integridade e segurança dos dados, redes e sistemas;
9. Camadas de segurança:
Trata-se de uma estratégia de segurança de dados que combina diferentes tipos de proteção, criando uma lista de verificação em cada ponto de possível violação de segurança em um sistema.
Funciona como etapas que devem ser cumpridas com a completude de exigências como, senha crítica, em seguida, outra senha criptografada, e assim por diante. Ou seja, o usuário somente poderá acessar outra camada do sistema, se houver atendido o especificado na anterior.
De fato, esse serviço de segurança tem um valor mais alto para as empresas, mas garante mais fortemente a proteção de dados sigilosos. Cabe avaliar o nível de criticidade dos dados para se obter esse nível de sistema de proteção.
10. Nuvem segura:
A tecnologia Cloud Storage (armazenamento na nuvem), surge como grande aliada no armazenamento e transmissão de dados, tornando-se indispensável para muitas organizações.
Contudo, existe um alerta nos departamentos de TI de que o gerenciamento de configuração e rastreamento da conformidade regulatória que devem seguir, não estão sendo feitos da maneira correta.
Nesta situação, os riscos acabam por serem maiores que os benefícios, pois a segurança cibernética moderna e estruturas regulatórias exigem criptografia de dados, em repouso e em trânsito.
A falha na configuração da nuvem pode significar que mais alguém pode ter posse dos dados da sua empresa, e uma simples vulnerabilidade de armazenamento pode causar grandes problemas em mais de um servidor, prejudicando significativamente negócios e usuários.
Quais os custos do cibercrime?
São inúmeros os custos que o cibercrime pode trazer às empresas, podemos citar: danos e destruição de dados, roubos de capital e propriedade intelectual, dados e arquivos pessoais, fraudes, interrupção das operações e danos à reputação.
As organizações precisam alinhar as estratégias de modo a priorizar a segurança cibernética para que ela não seja o elo fraco que poderá comprometer o sucesso da empresa em 2023.
É imprescindível a investigação e o investimento em sistemas de segurança adequados ao nível de dados armazenados.
O valor da empresa depende do quanto ela protege seus dados e a potência de sua cibersegurança.
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