A expressão ESG tem aparecido com mais frequência em assuntos e notícias relacionados ao mercado de trabalho e ao universo dos negócios. Mas qual o significado da sigla ESG e o conceito da ideia?
Criada em 2004 por iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas), ESG é uma expressão inglesa cuja sigla significa Environment, Social and Governance. Traduzindo para o português, temos: Meio Ambiente, Social e Governança.
Tal como a expressão sugere, refere-se a um conjunto de boas práticas que envolvem os aspectos sustentáveis, sociais e de governança de uma empresa.
Para saber mais, siga com a leitura. Ao longo deste conteúdo, você entenderá melhor o conceito, bem como, o seu valor para o departamento jurídico.
Qual a relação do ESG com o Compliance?
A letra E da expressão ESG diz respeito ao meio ambiente, cujo objetivo é assumir, desenvolver e incentivar práticas com abordagem preventiva, responsável e proativa para os desafios ambientais.
No tocante a letra S se refere a parte social, tendo como princípio respeitar os direitos humanos no ambiente de trabalho, assegurando que a empresa não participará em violação de direitos humanos, como, por exemplo, o trabalho infantil.
A letra G trata da ideia de Governança. Dentro do âmbito corporativo, a Governança possui grande relevância, uma vez que, é por meio dela que se estabelece a prestação de contas, auditorias e regras, visando o combate a corrupção em todas as suas formas.
Por esta razão, está diretamente relacionada com o Compliance, sendo o responsável por aplicar e conferir se o negócio está em plena conformidade com as leis, normas trabalhistas, ambientais, regulatórias etc.
É justamente por conta dessas atribuições jurídicas que o Compliance aparece como uma das prerrogativas do ESG.
Portanto, a ideia é adotar práticas que contribuam para o bem-estar social, sustentabilidade e para que a empresa se oriente segundo as leis e a ética. Assim, um bom Compliance é capaz de guiar tais ações, de modo estratégico e enfático.
O jurídico como peça fundamental para o ESG
Além de assessorar com assuntos ligados à aplicação das leis, de modo a trabalhar em parceria com o Compliance, o departamento jurídico assume a importância da adoção de práticas sustentáveis e na promoção de uma cultura organizacional saudável.
Podemos mencionar como um exemplo as relações trabalhistas, que contam com o setor jurídico na hora de elaborar o código de conduta.
Ao mesmo tempo em que é importante estabelecer direitos e deveres, de acordo com as leis, também é imprescindível criar um ambiente saudável que preza pela saúde mental e bem-estar dos colaboradores.
Por outro lado, o departamento jurídico também pode ser estruturado de modo estratégico, pensando na sustentabilidade e nos impactos do meio ambiente. Nesse sentido, considere as seguintes práticas sustentáveis que podem ser estabelecidas no departamento:
- Substituir os copos plásticos por canecas;
- Regular o ar-condicionado e manter a manutenção em dia com o intuito de que a energia elétrica seja utilizada de forma eficiente;
- Desligar os computadores durante as pausas para o almoço;
- Reduzir as impressões e cópias em papel;
- Elevar a eficiência da área;
- Atentar-se na hora de comprar aparelhos e suprimentos para o setor. Existem muitos produtos que são fabricados de forma sustentável, portanto, vale fazer escolhas conscientes.
Benefícios proporcionados pelas ferramentas jurídicas no âmbito do ESG
A implantação de ferramentas jurídicas podem ser grandes aliadas para a promoção do ESG dentro das empresas. Na prática, é possível adquirir os seguintes benefícios:
- Economia de recursos;
- Processos mais ágeis e eficientes, contribuindo com o rendimento e evitando tarefas repetitivas;
- Boas práticas para uma advocacia sustentável;
- Competitividade;
- Alinhamento com o Compliance da empresa.
É notório que os hábitos de consumo mudaram nos últimos anos. Cada vez mais as pessoas possuem preferência em adquirir produtos e serviços de empresas comprometidas com as causas sociais e ambientais.
Os ganhos são significativos e se estendem para a comunidade. É por meio das políticas de ESG que as empresas são capazes de contribuir para uma sociedade mais justa e comprometida com o meio ambiente, com as leis e com a diversidade.
Respostas aos principais desafios de ESG
Se por um lado, são indiscutíveis os ganhos com a adoção de políticas ESG, do outro lado há diversos desafios. Diante desta conjuntura, algumas ações que podem ser tomadas são:
- Voltar a atenção para a parte interna da empresa com um olhar crítico;
- Avaliar e procurar melhorar seu desempenho em relação às questões de emissão de carbono;
- Analisar métricas de sustentabilidade, especialmente aquelas relacionadas aos índices de diversidade e inclusão;
- Proceder com medidas que sejam capazes de integrar questões de meio ambiente, sociais e de governança, de forma a evidenciar o apoio da empresa na resolução de problemas dessa natureza;
- Nomeações de líderes de ESG, tal como um chefe e um Diretor, e formação de um Comitê ESG podem ajudar a atingir os objetivos com mais eficiência e rapidez;
- Reduzir ou eliminar viagens de negócios desnecessárias e propor medidas de como torná-las menos impactantes para o meio ambiente.
E como a solução jurídica pode ser uma grande aliada na adoção de políticas de ESG?
As soluções jurídicas podem ser grandes aliadas na propagação e implementação das políticas de ESG.
O melhor exemplo são os softwares, business intelligence e outras soluções tecnológicas. Tanto para o Compliance quanto para o departamento jurídico, tais ferramentas facilitam as rotinas, automatizam tarefas e melhoram o rendimento das equipes.
Ainda, elas podem ser fundamentais para diminuir os impactos negativos no meio ambiente. Isso porque todos os processos, informações, dados, tabelas e gráficos ficam armazenados em nuvem. Para acessá-los basta ter um dispositivo com acesso à internet e poucos cliques.
Paralelamente, as cópias (xerox) podem ser praticamente eliminadas. Como a solução integra as informações e pode ser compartilhada com diferentes usuários – previamente autorizados – torna-se menos relevante o uso de impressoras e máquinas copiadoras.
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